Tratar a educação como “gasto” é ignorância

Está mais do que evidenciado que às elites brasileiras, atuais detentoras do Poder, não desejam que tenhamos uma juventude educada, principalmente, vinda de classes humildes, com conhecimento para lutar por um país menos desigual socialmente.

Fim do Ciência Sem Fronteiras. Foto: Divulgação

Um governo que reduz o volume do Fies, corta seu valor por aluno deixando mais caro. Reduz investimentos nas universidades públicas. Agora, aplica mais um golpe com os milhões de jovens estudantes brasileiros com o fim do Ciência Sem Fronteiras. Um programa, criado no governo de Dilma Rousseff, que levava dezenas de jovens brasileiros, sobretudo, os mais pobres para estudar no exterior.

Justificativas

Dos alunos que participaram do Ciência Sem Fronteiras, 26,4% são negros, 25% são jovens de famílias com renda até três salários mínimos e mais da metade são de famílias com renda de até seis salários mínimos. Os dados são do ex-ministro da Educação, do governo Dilma, Aluísio Mercadante.

Já o atual Ministro da Educação,  Mendonça Filho, declarou que os gastos para manter 30 mil estudantes fora do país seriam suficientes para bancar a merenda escolar de 40 milhões de alunos da educação básica.

Também na avaliação do MEC é que o programa não trouxe resultados devido à deficiência em inglês dos brasileiros e à falta de diretrizes claras sobre que perfil de estudante deveria ser financiado.

Descaso

Mais uma vez, a sociedade paga pelos retrocessos e desmandos na educação. Sofrem, principalmente, os mais pobres que, em razão da renda, dificilmente terão a oportunidade de estudar no exterior, como faziam com o suporte do Ciência Sem Fronteiras”

Enfim, tratar educação como “gasto” é muita ignorância.

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