Mais uma vez o Maranhão ocupa as manchetes da imprensa nacional e internacional de forma negativa. Desta vez, com a barbárie, a carnificina, a etnia Gamela. O ataque aos indígenas aconteceu no povoado Bahias, no município de Viana, a 220 km de São Luís. O saldo foram de 13 feridos, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mas a Secretaria de Estado da Saúde confirma apenas sete.

Em nota, a Comissão Pastoral da Terra deixa bem claro que é velha e justa a reinvindicação dos Índios Gamelaspela recuperação de sua identidade e do seu território. E que essa luta, considerada pela instituição, como legítima, não vem sendo respeitada pelo governo federal, por meio da Funai, que tem obrigação legal de fazer a regularização fundiária dos territórios indígenas, uma obrigação prevista na Constituição Federal. Dessa forma, segundo a CPT, os indígenas empreendem ações próprias, colocando em risco até mesmo suas vidas.
A falta de empenho e compromisso governamental com as comunidades indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, espalhadas por este Brasil, causam mais uma tragédia anunciada. É inadmíssivel ainda se conviver com essa violência medieval em pleno século XXI.
Resta cobrar das autoridades responsáveis pelo imbróglio um posicionamento protegendo a integridade física das populações em conflito, dando “a César o que é de César”, identificando os envolvidos no massacre e punindo-os com o rigor da Lei.