O poeta maranhense, Ferreira Gullar, foi lembrado no último domingo, dia 4, no 40º Festival Guarnicê de Cinema, aberto na
última sexta-feira, (2/6), e prossegue até o dia 10 com uma programação diversificada que contempla exibições das mostras competitivas, oficinas, mesas redondas em espaços culturais do Centro Histórico de São Luís.
No Teatro Alcione Nazaré, Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande) foi exibida a mostra competitiva maranhense onde houve uma sessão especial do documentário “Um maranhense chamado José Ribamar – A arte existe porque a vida não basta”, de Zelito Viana e Gabriela Gastal sobre Ferreira Gullar. O diretor Zelito Viana participou de um bate-papo com os presentes.
A mesa redonda foi composta pelo professor de literatura Rafael Quevedo, a idealizadora do documentário Vera de Paula, o comunicador e mediador Alberto Campos Júnior, além do diretor do documentário Zelito Viana.
O cineasta Zelito Viana fez questão de deixar claro que o seu filme não é uma biografia, mas sim uma homenagem ao artista Ele lamentou por Gullar por não estar vivo para prestigiar este momento. Mas, os familiares do poeta maranhense marcaram presença e se emocionaram com o documentário. Zelito soma em sua carreira três outras produções sobre Gullar.
Reverência
Um tributo à contribuição de Ferreira Gullar ao mundo das artes, o documentário traz textos célebres do escritor dramatizados por Marco Nanini, em interpretações intensas e solitárias de alguns de seus versos mais conhecidos. Na voz do ator é possível conhecer um pouco da personalidade do homenageado, saber dos problemas enfrentados nos tempos de ditadura militar, os dramas da sua vida e seus questionamentos políticos e sociais.
Os poemas de Gullar ainda ganham versões musicadas por Paulinho da Viola e nas vozes de Adriana Calcanhotto e Laila Garin. O roteiro de Nelson Motta traz verdadeiras pérolas registradas em entrevistas com o protagonista desta película. Ferreira Gullar explica a relação com suas obras, a descoberta do apreço pela poesia e o início da vida no Maranhão sem fugir de polêmicas, marca tradicional de sua trajetória.