Festival Elas: empoderamento, música e arte feminina

As férias de julho de 2017 em São Luís não foram as mesmas de outrora. O Festival ELAS’ Essa é Minha Cultura, realizado por Mavi Simão (que produz também os consolidados eventos Maranhão na Tela e Cinerama), patrocínio da Vivo, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, nasceu e se concretizou como uma ideia com a impressão que veio para vingar.

Nathalia Ferro: arte feminin na empoderada. Foto: Márcio Vasconcelos.

Foram três dias, em que mulheres de gerações e estilos de vida distintos, mas que não aceitam o rótulo de recatadas, do lar, se reuniram, em três dias, para falar de temas de interesse do universo feminino, gênero, com direito à música.

Karina Buhr. Foto: Márcio Vasconcelos

O evento se despediu na noite desse sábado, (22/7), com a discotecagem em vinil da jornalista Vanessa Serra, além dos shows do Ornitorrincos do Sertão Turu, que tem nos vocais Maria Itskovich, a russa mais maranhense que conheço, do trio Mila Camões, Camila Boueri e Tássia Campos, com o seu 1,2,3, apresentado em maio, na Virada Cultural em SP.

Nathália Ferro. Foto: Márcio Vasconcelos.

Na sequência teve Nathália Ferro surpreendendo a todos com um show visceral, em que no encerramento da sua apresentação, toda a nudez foi permitida, gerando perplexidade em moderninho(a)s e puristas de plantão.

E pra fechar à noite, a baiana, de criação e sotaque pernambucano, Karina Bhur, ocupou o espaço do Convento das Mercês, de maneira intensa e vibrante.

Familiarizada com os ‘beats’ psicodélicos da banda, Karina Buhr contesta em sua música a submissão feminina ao macho e desmascara a chatice da idealizada família, tradição e propriedade. Deixou o palco mostrando ser uma artista multimídia, ousada, vigorosa, indie, punk, rock, selvática, mas acima de tudo original, brasileira e nordestina.

Enfim, queremos mais “Elas” no próximo ano.

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