Para Zeca Baleiro, a escritora Hilda Hilst (1930-2004), homenageada da 16ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), “era rock’n’roll”, “boca suja”, “um personagem” e “tinha o germe provocativo”.
A afirmação do cantor e compositor maranhense foi durante participação na sessão de encerramento do evento, neste domingo (29/7), juntamente com a atriz Iara Jamra e do fotógrafo Eder Chiodetto.
Os três fizeram trabalhos inspirados na obra de Hilda. No caso do músico, ele lançou em 2006 o álbum “Ode descontínua e remota para flauta e oboé: De Ariana para Dionísio”, criado a partir da escritora e com participação de cantoras como Maria Bethânia, Zélia Duncan, Angela Ro Ro e Angela Maria.
No fim da mesa, chamada “O escritor seus múltiplos”, Zeca cantou uma faixa do disco, esquema voz e violão. Foi aplaudido e ouviu gritos de “mais um!”. Teve de fazer um bis.
Antes, tinha contado que Hilda uma vez telefonou para contar que era fã de um hit dele, “Heavy Metal do Senhor”. Na ocasião, aproveitou para perguntar: “Música dá dinheiro, né?”. O cantor explicou que não era bem por aí.