Lançado nesta segunda-feira (24/9), o videoclipe no Youtube do single “7MARIAS”, da cantora maranhense Rita Benneditto.
Para comemorar os 15 anos do projeto Tecnomacumba, grande sucesso na carreira da cantora maranhense Rita Benneditto, foi lançado o primeiro single da artista – “7Marias”, nas plataformas digitais (21 de setembro) e um videoclipe inédito no Youtube (24 de setembro).
Rita Benneditto completa 28 anos na estrada e neste novo clipe mostra o empoderamento feminino através da personificação do espírito sedutor e irreverente das pombagiras, entidades cultuadas nos terreiros de candomblé e umbanda brasileiros.
Gravado em uma festa no Cais da Imperatriz, no Centro do Rio do Rio de Janeiro, o videoclipe de 7Marias traz uma atmosfera animada e glamourosa, onde é revelado o universo mágico e criativo de sete mulheres que conservam consigo o instinto, a sensibilidade e a fé herdados do ancestral. Aqui são evocadas entidades, pombagiras, as sete marias, representadas por Rita Benneditto e seis grandes atrizes, Amanda Calabria, Carmen Eça, Dani Ornellas, Isabel Chavarri, Leona Cavalli e Tati Villela. O resultado deste trabalho é mágico e envolvente.
A música 7Marias (Rita Benneditto/Felipe Pinaud) foi gravada por Rita Benneditto (direção, arranjo, voz e vocais), Fred Ferreira (direção, arranjo e guitarras), Pedro Dantas (contrabaixo) e Ronaldo Silva (bateria e percussões), com participação especial de Felipe Cordeiro (guitarras).
Distribuída pela ONErpm em parceria com o selo Manaxica em formato single, 7Marias “é uma música feita em homenagem às pombagiras, entidades cultuadas nos terreiros de candomblé e umbanda brasileiros.
– A canção é uma reverência ao sagrado feminino, à força natural e divina das mulheres em sua máxima expressão de afirmação e igualdade – conta Rita.
Com direção de Gabriel Calderon, Rafael Saar e Thais Gallart, direção de arte de Rui Cortez e direção de fotografia de Tiago Rios, o videoclipe de 7Marias tem foco no empoderamento feminino através da personificação do espírito sedutor e irreverente das pombagiras, mulheres que sobreviveram e superaram sua sorte com alegria e sabedoria, e continuam nos inspirando até hoje.
Rita explica que foi uma alegria fazer essa linda festa para as sete Marias brilharem: “a festa-clipe contou com a participação especialíssima de seis maravilhosas mulheres, atrizes, guerreiras e senhoras de si que ‘incorporaram’ as damas da noite de uma forma esplendorosa e consciente da importância de se realizar um trabalho que tem como objetivo, não apenas o entretenimento, mas o reconhecimento e respeito à força feminina do universo. 7Marias é hoje uma realidade!”.
Realizada pela Manaxica Produções sob coordenação geral de Elza Ribeiro, a “festa-clipe” foi uma verdadeira catarse! Além do elenco, as sete pombagiras, amigos e fãs da cantora estiveram presentes vibrando numa mesma frequência de muita alegria, liberdade e axé.
Dentre estes convidados, estavam as drag queens cariocas, Linda Mistakes, Ma Ma Horn e Maybe Love, somando à narrativa do clipe a fundamental visibilidade de pessoas LGBTQI+, que aqui se faz dentro de um contexto de celebração ao feminino, pois “7Marias foi feita pra dançar, pensar e se empoderar do feminino que habita em todos nós”, afirma Rita.
Tecnomacumba
Neste ano, Rita Benneditto comemora os 15 anos de seu bem-sucedido Tecnomacumba. Assisti ao projeto em fevereiro de 2012, no Teatro Rival Petrobras, ao projeto em que Rita festeja e enaltece o universo das religiões de matriz africana, tão perseguido nos tempos de ontem e ainda hoje.
7Marias, ao mesmo tempo que quer desconstruir a imagem negativa que se tem das entidades relacionadas ao Orixá Exu, exalta as mulheres através da pombagira, Elegbara (forma feminina do Orixá). São seres provocadores, brincalhões e sensuais, têm sua porção positiva e negativa, assim como o próprio ser humano.
“Eita pombagira tá louca, tá solta no salão!”, canta Rita Benneditto, evidenciando de forma escancarada e bem-humorada a mulher que usa e abusa de sua autonomia. As sete marias são todas aquelas que desafiam diariamente o “status quo de uma sociedade” ainda fundamentada por conceitos sexistas. Laroyê, pombagira!
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