Está em moda no Brasil de hoje um grande, cínico, nojento e perigoso falso moralismo, conectado a uma grande e asquerosa demonstração de hipocrisia. Esses “defeitos humanos” estão aparecendo como nunca e com força, sem qualquer disfarce ou constrangimento. Por isso, que devemos reconhecer os nossos erros, nos autoavaliarmos, antes de jogar qualquer pedra na Geni. Cabe aqui neste PENSEI, RABISQUEI não um julgamento, um tribunal da inquisição, mas apenas refletida e questionamento sobre um tema atualíssimo, até porque ser falso moralista virou rotina no país o “é isso mesmo, é desse jeito! Quem manda aqui sou eu e tem de ser do meu jeito! Quem não gostar que se dane e suma!”.
O pior de tudo é que esse jeito de ser vem sendo aceito como normal em casa, na praça, no trabalho, na repartição pública, na escola e em quase todos os lugares. Trata-se de algo absurdo, é claro, mas em plena evidência.
Nestes “tempos estranhos”, como diz o ministro Março Aurélio Melo, do STF, tenho ouvido e visto pessoas se gabando de ser “apolítico”, “apartidário” e “sou técnico”, não estou nem aí pra política ou governo”. Uma mentira para o sujeito tentar fugir de qualquer discussão, responsabilidade que possa colocar em risco sua zona de conforto e sua verdadeira personalidade e caráter. Mas é bom lembrar que quem não diz o que pensa é covarde.
Mentira, cobiça, hipocrisia, falsidade; o submundo do “dedo-duro”, o “por baixo do pano”, o silêncio dos covardes, o “faça o que eu digo, mas não faça o que faço” e o mal caratismo estão sempre no radar das pessoas “neutras e sinistras”.
E todas essas aberrações viraram “cultural” na sociedade brasileira contemporânea com perfil escravagista e hipócrita. E hoje elas estão em todas as vitrines, principalmente nas dos “neutros” de verde amarelo.
É bom lembrar que todas essas demonstrações de ignorância foram herdadas e permanecem firmes e sempre apareceram e aparecem, principalmente em épocas de instabilidade e bestialidade. Basta ter uma chance, mesmo que pequena, elas voltam à superfície.
Não considero em perfeita saúde mental pessoa religiosas, cristã ferrenha, defender o uso de armas para matar seres humanos, sejam criminosos ou não. Isso é paradoxal.
Também não posso ter como séria uma pessoa que usa a Bíblia, o livro sagrado dos católicos, ou o Alcorão, o livro sagrado do Islã, para enganar a boa fé e “tomar” dinheiro dos pobres para enriquecer “líderes” religiosos, políticos, ou até mesmo para patrocinar crimes, fomentar a guerra, mortes e preconceitos.
E não venham me dizer: “Ah, mas isso foi sempre assim desde que o mundo é mundo!”. Pode ser. Mas só é exatamente por essa “aceitação natural” e esse conformismo da conveniência, que vem desde a nossa colonização e foi adotada como verdade absoluta e “vontade de Deus” pelos seguidores de seres abomináveis.
Assisti a um vídeo de 2017, da pastora/deputada Flordelis falando que a “Prostituição não é profissão, é pecado”. Bem, se Flordelis acha que prostituição é pecado, o que será que ela acharia de tráfico sexual ? Não seria uma coisa bastante “maligna ?” E o que me choca é como tão longe o falso moralismo pode chegar.
É assim também pela covardia, pela falta de solidariedade e porque esta agressão dos hipócritas e falsos moralistas sempre foi pouco questionada pelo “pacato”, “acolhedor”, “pacífico”, “simpático” e “alegre” povo brasileiro. Enfim, moralismo não é evangelho.