Sei que não adianta chiar. O mundo é como é, mas escolhi o tema Cidadão do Mundo para tentar entender pessoas que ficam a blasfemar pelos quatro cantos, com aquele tom de arrogância e provincianismo, passaportes e vistos internacionais, desejam correr o mundo alegando que na cidade em que mora quase nada acontece e tudo se resume ao folclore. Sei que viajar é preciso e não necessitamos fazer da nossa nacionalidade uma tribo. Deixemos a vaidade um pouco de lado para “filosofar” com a razão.
Entendo eu, baseado na teoria do imortal filósofo grego, Sócrates, que ser cidadão do mundo não nos orienta a esquecer a nossa pátria. Pelo contrário, incentiva à reflexão de que para ser cidadão do mundo é preciso transpor as distâncias que separam os quartos. Não é omitir as origens, é sim enxergar as verdadeiras origens, pois elas são comuns à própria casa.
Então fica evidenciado que você pode correr o mundo em busca de coisas novas. É importante, para enriquecer o conhecimento, mas não esqueça você pode se deparar com a imagem da originalidade, autenticidade e ancestralidade do bumba meu boi ou tambor de crioula no Museu do Louvre, em Paris, até porque os povos andam.
É óbvio que mundo é belo, amplo e cheio de oportunidades e devemos tirar proveito. Mas, é necessário antes de carimbar o passaporte do Estreito dos Mosquitos pro mundo, não esqueça que o melhor destino para se tornar um cidadão do mundo com excelência é reconhecer que existe a sua terra natal em primeiro lugar. PALAVRA DA SALVAÇÃO !