O curso Músicas Indígenas, com Magda Pucci (SP), acontece dias 13 e 14 de outubro, das 14h às 18h, online pela Plataforma Zoom, como parte da programação CCVM Digital, do Centro Cultural Vale Maranhão – CCVM e propõe a aproximação dos participantes com as tradições musicais indígenas pouco conhecidas de várias etnias do país, como Kambeba (AM), Krenak (MG), Paiter Suruí (RO), Kaingang (RS), Ikolen-Gavião (RO), Xavante (MT) e Kaiowá (MS).
Além da escuta atenta de sons indígenas, serão desenvolvidas a contextualização e a prática vocal de alguns cantos, estimulando os participantes a experimentarem as sonoridades de algumas das 180 línguas indígenas brasileiras. O curso foi pensado para desmistificar a ideia de que toda cultura indígena é igual e colaborar com professores e gestores no processo de implantação da Lei 11.645 que determina a inclusão dos conteúdos indígenas no currículo escolar.
Magda Pucci é musicista, arranjadora, compositora, cantora e pesquisadora independente de músicas do mundo e das culturas indígenas brasileiras. Formada em Música (Regência) pela Universidade de São Paulo, é mestre em Antropologia pela PUC-SP e Doutora em Pesquisa Artística pela Universidade de Leiden (Holanda). Como diretora musical e fundadora do grupo de música Mawaca, produziu cinco CD´s, quatro
DVD´s e fez turnê pelo Brasil e mais de oito países.
- Eu venho trabalhando com as músicas indígenas há bastante tempo, 12, 13 anos. A ideia deste curso é sensibilizar os participantes e aproximá-los das músicas indígenas que existem no Brasil. São mais de 250 povos que falam mais de 180 línguas. Por tanto, a gente tem um diversidade sonora muito grande neste território, mas são poucas as pessoas que conhecem essa diversidade. No mundo indígena temos músicas super fortes, mas também temos músicas mais tristes, cantos individuais, de crianças, de ninar, de caçar, de pescar, varia muito. As músicas indígenas são muitas, muitos gêneros, estilos, não dá generalizar – explica – A partir de 2009, a gente iniciou uma série de intercâmbio com grupos indígenas. Eu fiz uma turnê com o grupo Mawaca pela Amazônia e a gente fez intercâmbio com seis grupos indígenas do Acre, de Rondônia e do Amazonas, que acabou gerando um projeto didático chamado Cantos da Floresta, que desenvolvi junto à educadora musical Berenice de Almeida e a partir daí a gente tem realizado uma série de oficinas para professores da rede pública e particular e educadores musicais, no sentido de estimular, trabalhar o repertório indígena em sala de aula – compartilha a musicista.