A data escolhida para o Dia do Professor já passou, 15 de outubro. Mas, é bom lembrar que todo dia é dia do professor. Mesmo fora da sala de aula, a qual sinto muita saudade, reverencio a todos os professores brasileiros. Faço-o também como eterno professor e também como cidadão.
Em tempo sombrio contemporâneo e marcado por uma alienação galopante, é bom que saibamos que em cada palmo de chão deste Brasil, lá está um professor. Com salários maiores ou menores, lá está um professor. Com mais ou menos liberdade, lá está um professor. Na paz ou na violência das ruas e comunidades, lá está um professor.
Mesmo desprezado, não valorizado, estigmatizado, perseguido e servindo de bode expiatório para toda gama de mazelas de nossa história, o que não é algo novo, a onipresença do professor é a arma do conhecimento apontando que a existência do professor é indispensável. O professor conhece cada drama, cada riso e cada lágrima do seu aluno. A tristeza e alegria de cada jovem, pobre ou rico, do campo ou da cidade.
Lendo uma resenha bastante interessante de Henrique Rodrigues, também professor, ele cita: “apedrejar professor é a prática mais velha que andar pra frente no Brasil”. E lá vem o antropólogo e educador Darcy Ribeiro com a sua frase de efeito: “A crise da educação brasileira não é uma crise, é um projeto”.
Lá vou eu colocando mais aspas, porque a frase tem dono, pra fechar o texto como um pescador de ilusões: “os tempos são duros e a resistência pretérita dos grandes homens e mulheres de nossa educação precisa ser relembrada todos os dias, como método de sobrevivência e combustível para a motivação”. PALAVRA DA SALVAÇÃO !