MA tem projeto selecionado pelo Rumos Itaú Cultural 2019/2020

Na manhã desta quarta-feira (16/12), acompanhei, a convite da jornalista Carina Bordalo (da assessoria de Imprensa do Itaú Cultural), da coletiva de imprensa, feita, virtualmente, com gestores e comissão de avaliação do Rumos Itaú Cultural 2019-2020. Foram selecionados 91 projetos da 19ª edição do Rumos Itaú Cultural. Do Maranhão, o propjeto Bumba-Boi de Canário do Quilombo de Santa Rosa dos Pretos, de Itapecuru Mirim, foi o único contemplado.

Temos que rasgar seda ao Edital Rumos Itaú Cultural pelo que representa para a cultura brasileira e para o país. Como citou Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, o papel da instituição não é de “política pública”, mas sim de “espírito público”. Esta missão vem sendo cumprida em uma longa jornada com a preocupação de mostrar a cadeia produtiva artística nacional com suas várias narrativas, linguagens e conjuntura político-social e econômico.

A 19ª edição do Rumos Itaú Cultural teve de ser adaptada à suspensão social e aos novos protocolos decorrentes da inesperada pandemia do Covid-19. A seleção, iniciada entre o final de 2019 e começo de 2020, foi adiada por alguns meses para adequação a este momento do modo de operar e de analisar os projetos.

Entre as propostas recebidas e contempladas nesta edição, o resultado reafirma uma tendência crescente de pesquisadores e artistas voltada para recortes que permeiam o mundo contemporâneo e a atualidade artística brasileira – por exemplo, questões de negritude, gênero, feminina, de acessibilidade e indígenas.

Para esta 19ª edição, a instituição recebeu 11.246 projetos de todo o
Brasil e selecionou 91, que contemplam todas as regiões e impactam o conjunto de estados do país.

As adversidades provocadas pela pandemia do Covid-19, tornaram mais complexa a etapa de análise e escolha dos projetos inscritos neste Rumos. Em um primeiro momento, considerando as recomendações sanitárias durante esse período, a finalização da seleção do programa foi adiada, de modo a preservar a saúde de todos os envolvidos e garantir a qualidade do processo. A retomada dos trabalhos – em reuniões online e não mais imersivas –, manteve as diretrizes contidas no edital para estas avaliações. A elas foi acrescentado, no entanto, um novo olhar com a preocupação de contemplar projetos que se adequassem às atuais exigências decorrentes do surto pandêmico.

Durante este período, ainda, o Itaú Cultural lançou a série de editais Arte como respiro: múltiplos editais de emergência, na qual contemplou mais de mil artistas por todo o Brasil. Esta foi uma forma encontrada pela organização para colocar luz na produção artística que vem sendo realizada desde início da suspensão social. A construção deste conjunto de editais teve como base e inspiração o modelo de atuação do Rumos ao longo de sua trajetória.

– Quando começamos o processo de seleção dos projetos inscritos no Rumos, o mundo era outro, não havia nem sinal do Covid-19, que acabou resultando nessa pandemia iniciada em março – observa Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. – A partir daí, tínhamos dois caminhos a seguir: o mais fácil seria cancelar tudo, ou podíamos buscar a melhor maneira para continuar a análise aprofundada dos projetos, observando aqueles que realmente têm condições de ser executados na situação atual – continua ele.

A instituição optou pelo segundo caminho para construir uma solução e debatê-la com a Comissão de Seleção.]

– Isso nos deu a certeza de que deveríamos seguir esse caminho, tendo em vista a possibilidade de apoiar a produção de projetos, mesmo dentro das restrições impostas pelo surto pandêmico – conta Saron. – Isso significou estabelecer, também, um diálogo com os potenciais contemplados, de modo a melhor adequar suas propostas à complexidade do momento, mas sempre reafirmando a ideia central dos seus trabalhos propostos – completa.

Enfim, o resultado desta edição do Rumos Itaú Cultural reafirma a preocupação com o Brasil, que mesmo vivendo dias dramáticos, existem instituições, pessoas, buscando caminhos, rumos, para um país continental, de múltiplas vozes, com um povo culturalmente potente, resiliente e resistente.

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