Em um ano marcado pelo distanciamento social, espaços culturais públicos como museus, teatros e bibliotecas foram obrigados a fechar as portas com a escalada da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Mas com a reabertura gradual e a flexibilização do isolamento social a partir do segundo semestre, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), iniciou uma agenda de inaugurações de novas casas de cultura, entre as quais, o Antigo Museu do Negro, o Museu Cafua das Mercês foi construído no século 18 para receber os negros originários de vários portos africanos.
Localizada na rua Jacinto Maia, no Centro Histórico de São Luís, a Cafua funcionou durante muitos anos como depósito de escravos que eram comercializados na capital e em outras cidades do Maranhão. Na década de 1970, o pequeno sobrado foi transformado em museu e agora, 40 anos depois, o espaço passou por uma reforma completa.
Além da exposição de acervo composto por objetos de cultos africanos e de religiões de matriz africana, como estatuetas, cabaças e tambores, o novo Museu Cafua das Mercês conta com mostra de peças do acervo de grandes nomes da cultura afrobrasileira no Maranhão, como é o caso de Jorge Itaci Oliveira, mais conhecido como pai Jorge Babalaô, um dos mais tradicionais babalorixás do Maranhão, que foi gestor do Museu antes de morrer, em 2003.