Promovido pelo Núcleo de Acessibilidade da UFMA, ocorre, nesta quinta-feira, (27/4), às 18h30, no Auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, a palestra sobre o uso do óleo da Cannabis no tratamento do autismo, com o médico especialista em medicina preventiva e social, professor Paulo Fleury Teixeira.
Ele é pioneiro na pesquisa sobre o uso da Cannabis para tratar de sinais, sintomas e distúrbios associados ao autismo.
O professor Paulo Fleury Teixeira coordena o estudo “coorte prospectiva”, sobre o tratamento da doença por meio de Óleo de Cannabis, rico em CBD9OC. Conhecido como Canabidiol, o produto é derivado da maconha, com resultados preliminares que demonstram avanços e desafios.
O grupo de pesquisa é formado, em sua maioria, por meninos com idade de 10 anos, residentes em três estados do país. Todos recebem doação do OC da marca CBDRX Prime organics, produzido pela empresa norte-americana CBDRX, sediada no Colorado (EUA), que é parceira na pesquisa.
Ao todo, são 18 crianças e adolescentes do país que sofrem com sintomas e problemas associados aos Distúrbios do Espectro do Autismo (ASD).
Eles fazem parte da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal – AMA+ME. Os resultados do estudo ainda são parciais e preliminares, mas já apontam avanços. De acordo com os pesquisadores, mais de 80% dos pacientes apresentaram melhorias consideráveis na redução da hiperatividade e dificuldade de concentração, aspectos identificados pelos pais no registro da evolução mensal do paciente e também pela avaliação clínica.
Mais da metade apresentou melhorias quanto à redução e maior controle das estereotipias, agressividade e autoagressividade.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFMA, Maria da Piedade de Oliveira Araújo, o interesse em trazer o pesquisador surgiu em função dos trabalhos que a UFMA desenvolve, principalmente aqueles voltados para a fitoterapia. “Esse intercâmbio visa contribuir para o aprimoramento dos nossos pesquisadores, para que eles se aprofundem no estudo e possam, assim, ajudar outras crianças”, ressaltou a coordenadora.
Para Maria da Piedade, já é possível ver alguns resultados satisfatórios.
– Um trabalho dessa natureza vem somar com as pesquisas existentes na universidade. Precisamos que isso seja divulgado, e o local mais apropriado é a Universidade Federal do Maranhão – acrescentou.
A palestra é aberta à comunidade estudantil, corpo docente, médicos de fora da universidade e famílias que moram no entorno da UFMA. O evento é uma realização do Núcleo de Acessibilidade da UFMA.