Musical João do Vale tem que ir também aonde o povo está

Quem não assistiu, o musical “João do Vale – O Gênio Improvável”, tem que esperar o próximo ano.

Musical João do Vale – o Gênio Improvável. Foto: Divulgação

Durante o fim de semana foram exibidas quatro sessões de um trabalho criado para homenagear o cantor e compositor maranhense, natural de Pedreiras, João do Vale, o nosso maranhense do século XX.

E o resultado não poderia ser dos mais satisfatórios. O público prestigiou e aplaudiu uma produção genuínamente maranhense a começar pelo elenco que incorporou a iniciativa com muito talento.

O musical “João do Vale – O Gênio Improvável” devolveu a todoos nós o Teatro Arthur Azevedo, imponente e repaginado para comemorar o seu bicentenário, com um espetáculo digno de ser apresentado em qualquer lugar do Brasil e do Mundo.

Em cada música, uma história

A estrutura da peça parte das cidades por onde João do Vale passou, registradas em suas músicas. Além de Pedreiras, estão no espetáculo cidades como Rio de Janeiro, onde João assinou com gravadora se projetou nacionalmente como artista.

Cada música dessa tem um roteiro, uma história. A direção do espetáculo conseguiu fazer um apanhado de canções para construir a narrativa do espetáculo. No repertório do musical estão grandes sucessos, como ‘Pisa na Fulô’, ‘Carcará’, ‘Minha História’ e ‘Peba na Pimenta’. Músicas de artistas importantes para trajetória do João do Vale, como Nara Leão, Alceu Valença, Maria Bethânia e Chico Buarque, também foram incluídas.

No elenco estão Vicente Melo, intérprete de João do Vale, Tiago Andrade, no papel de Zé Keti, Giselle Vasconcelos como Nara Leão e os atores James Pierre (Zé Gonzaga), Juliana Cutrim (Dorinha), Marconi Rezende (Chico Buarque) e Victor Silper (Luiz Júnior). A banda é formada pelos músicos Luiz Júnior, Marquinhos Carcará, Darc Brandão, Cleuton Silva, Sergio Murilo, Danilo Santos e Júnior Sanfoneiro. A direção musical  é assinada por Luiz Júnior. Urias de Oliveira é o responsável pela preparação do elenco. Na direção de produção está Celso Brandão; na assistência de direção, Ivy Faladelli. Felipe Corrêa assina o texto da peça.

Na direção geral Vinícius Arneiro. Ele foi fundador e diretor artístico da Cia. Teatro Independente no Rio de Janeiro. Já trabalhou em grandes espetáculos e, entre os trabalhos mais recentes, está “Cássia Eller – O Musical”.

Inclusão social

Enfim, o contexto histórico em que João do Vale esteve inserido é significativo e atemporal.

Fica a sugestão: se  o musical “João do Vale – O Gênio Improvável”, percorrer por outros espaços, inclusive, os das escolas públicas e comunidades humildes deste imenso Maranhão, o espetáculo terá mais sentido, e cumpre o seu verdadeiro papel da diversão e inclusão social, até porque João do Vale sempre foi e será um artista do povo.

Comentários Facebook

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *