Anna Torres: show no TAA será uma grande Jam Session

Uma grande Jam Session. Assim Anna Torres define o show de lançamento do CD “Voilà Paris!”, dia 14 de abril, sábado, O evento será no Teatro Artur Azevedo, com participações de Criolina (Alê e Luciana Simões), Mano Borges, Marco Duailibe, Laercio Arruda, Alessandra de Queiroz, Henrique Duailibe e Cecília Leite.

Anna Torres dia 14 de abril no Teatro Artur Azevedo. Foto: Divulgação

– A música pra mim, é a cima de tudo um ato de generosidade. Eu sempre costumo dizer, que não divido o palco com outro artista, mas sim, eu compartilho o palco. E isso acontece sempre também nos meus CD’s. Sempre convido varios artistas. É enrriquecedor. A musica é um grande privilégio, fazer festa, festejar a vida, é algo muito sério pra mim. Sou muito feliz de poder fazer isso. E sinto que o público aprecia muito. Faço musica por amor, e não quero que seja um ato isolado, tem que ser compartilhado, com outros artistas, com os meus músicos, e com o publico. A coisa mais mágica de tudo isso é quando o show vira uma grande simbiose – ressalta

Há 14 anos radicada na França, a intérprete maranhense Anna Torres atuou sempre como uma espécie de embaixatriz da MPB em Paris. Em 2018, ela realiza uma nova experiência artística, lançando em janeiro o álbum “Voilà Paris!”, uma coletânea de grandes sucessos da canção francesa, que ficaram conhecidos no mundo inteiro pela voz de Edith Piaf, Jacques Brel, Serge Gainsbourg ou Charles Aznavour.

– A ideia desse disco partiu de um show realizado por ela no ano passado no Teatro Arthur Azevedo no centro de São Luis, onde ela interpretou músicas francesas e sentiu a necessidade de homenagear a França, “país que me acolheu e recebeu também a minha música – diz ela.

Com arranjos bem brasileiros, Anna consegue misturar bossa-nova, samba, funk ou jazz em faixas como “La Vie en Rose” e “Je ne regrette rien”, consagradas por Edith Piaf, ou “La Bohême”, famosa pela interpretação de Charles Aznavour.

Antes de desembarcar em São Luís, Anna Torres conversou conversou, diretamente, de Paris, com o jornalista Pedro Sobrinho, para o Blog Pensei, Rabisquei, onde destacou as duas paixões de sua vida: o Maranhão e a França, entre outras curiosidades do mais novo álbum “Voilà Paris !”.

PEDRO SOBRINHO: Você morando na França resolveu reverenciar São Luís com o CD Terra. Durante show no Teatro Artur Azevedo, na capital maranhense, em 2016,você  cantou clássicos da música francesa. E partir daí, nasceu a necessidade de  homenagear o País que acolheu a você e a sua música. O significado dessas duas  paixões em sua vida: o Maranhão e a França ?

ANNA TORRES: Gratidão ! Sou grata ao solo em que nasci, e grata ao solo que me acolheu. Mas, a homenagem ao Maranhão, não foi somente no CD TERRA. Reverencio o Maranhão também no CD Voilà Paris ! Na música UMA BRASILEIRA EM PARIS, no final canto « uma maranhense em Paris », e na música L’HYMNE À L’AMOUR tem um bumba meu
boi totalmente inusitado.

PEDRO SOBRINHO – Fale da adaptação feita para Englishman In New York, de Sting, batizada em português de ‘UMA BRASILEIRA EM PARIS’ ? Como essa música mexeu com a sua sensibilidade ao ponto de fazer parte do disco “Voilà Paris !’ ?

ANNA TORRES : Quando estava em plena preparação do CD Voilà Paris, estava dirigindo e ouvi numa rádio a música Englishman in New York, do Sting, e disse: porque não abrir um parêntese nesse CD, onde regravo os classicos da musica francesa e faço uma adaptação em português dessa musica ? Com ela expresso a minha gratidão pela França, e digo que mesmo amando esse país, serei sempre uma brasileira por aqui. Foi daí que liguei pro Marco Duailibe, que é meu parceiro, e o convidei para fazer essa adaptação comigo. Fizemos à distancia mesmo. Nossa sintonia é muito forte, e já deu certo em outras parcerias.

PEDRO SOBRINHO: A sua inquietação leva você a se reinventar musicalmente. E  agora, veio na contramão do artista brasileiro, que ao morar fora do Brasil,  prefere cantar em português para agradar os gringos. Você resolveu fazer diferente  ao cantar em francês clássicos de Edith Piaf, Jacques Brel, Serge Gainsbourg,  Charles Aznavour, em releituras de samba, bossa nova, funk. Como os franceses  receberam essa sua proposta musical ?

ANNA TORRES : É verdade. Os franceses receberam muito bem o Voilà Paris ! Gravar  um CD inteiro em francês foi um grande desafio. Mesmo falando, fluentemente, o  francês, tinha uma certa reticência em cantar em francês. A bem da verdade, já faz um certo tempo que gostaria de gravar esses clássicos franceses. Mas, foi  a partir do momento que fiz o show Voilà Paris ! em 2016, no Teatro Artur  Azevedo, é que tive coragem de entrar em ação, visto o sucesso desse show em São Luis. Mas acabei mudando totalmente os arranjos. Queria pôr a minha pitada brasileira, então regravei os clássicos franceses com os ritmos brasileiros. Uma homenagem à França, mas ao Brasil também.

PEDRO SOBRINHO: E o Brasil, vai absorver bem este seu novo trabalho ?

ANNA TORRES: Espero que sim. No Maranhão esse repertório agradou muito. O brasileiro gosta muito da França e vice-versa. A relação fraterna e de admiração mútua é muito grande entre os dois paises. E estes clássicos franceses fazem parte do consciente lúdico do brasileiro com relaçao à França. Essa foi uma época onde a música Francesa ecoava fortemente no Brasil.

PEDRO SOBRINHO: É um disco em que você revitaliza clássicos da música francesa. A produção contemporânea da música francesa não lhe desperta interesse ?

ANNA TORRES: Sim, tenho muito interesse pelo novo. Dentre esses clássicos conhecidos no Brasil acabei acrescentando Là-bas, uma música mais recente. Espero um dia gravar músicas francesas mais atuais e mesmo inéditas. Mas o objetivo era de gravar um repertório conhecido e apreciado pelos franceses e brasileiros, e pessoas do mundo inteiro. Acabei até fazendo uma enquete nas redes sociais para chegar a esse resultado. A escolha do repertorio é minha, mas com a participação do publico também. Uma decisão final nada fácil. Muita coisa boa ficou de fora. Quem sabe farei um VOILÀ PARIS 2 ! ? Assim aproveito pra interpretar músicas francesas da nova geração.

PEDRO SOBRINHO: Há 15 anos, radicada na França, e se sentindo embaixatriz da Música Popular Brasileira em Paris. Como você encara a comenda, o título ?

ANNA TORRES: Encaro isso com normalidade, porque no fundo todos os artistas brasileiros que moram aqui o fazem comlegitimidade. Temos o privilégio de nos sentirmos assim: embaixadores da cultura brasileira no Mundo.

PEDRO SOBRINHO: E sobre o show em São Luís, agora, dia 14 abril. Além das participações, o que o público pode esperar deste reencontro com o Teatro Artur Azevedo ?

ANNA TORRES : Uma grande Jam Session. Muita alegria e prazer de fazer música. Compartilhar com outros artistas e com o público. O prazer de fazer música é uma grande dádiva. Dia 14 de abril terei o privilégio de receber em cena o grupo Criolina (Alé Muniz e Luciana Simoes), Marco Duailibe (meu parceiro em UMA BRASILEIRA EM PARIS), Mano Borges (que fez uma adaptaçao da musica COMME D’HABITUDE, pro CD Voilà Paris !), as cantoras Cecilia Leite, Alessandra de Queiroz, Laercio Arruda e Henrique Duailibe. Uma Grande Festa !

PEDRO SOBRINHO – Fale do significado dessas parcerias no show ?

ANNA TORRES – São artistas que admiro muito, já cantei com alguns deles em show que fiz anteriormente. Cecilia e Alessandra cantaram comigo no show anterior. Mano e Marco são meus parceiros. Já fizemos algumas músicas juntos. Será a primeira vez que compartilho o palco com o Criolina e Laercio Arruda (que é meu amigo de infância. Tenho certeza que sera uma grande emoção cantar com ele). Henrique Duailibe é a primeira vez que o recebo como convidado especial. É um amigo de longas datas. Já me acompanhou em alguns shows e a ele tenho muita gratidão pela força no inicio da carreira. Foi Henrique Duailibe quem me convidou para cantar jingles publicitarios e fazer ‘backing vocal’ em discos de outros artistas. Um grande incentivador e a ele eu serei eternamente grata. Um grande músico.

PEDRO SOBRINHO: Além de São Luís, Voilà Paris! será mostrado em outras cidades brasileiras ?

ANNA TORRES : Sim, numa próxima temporada no Brasil

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