Milícias digitais: ultrapolarização, intolerância e ignorância

Estamos na era do entendimento limitado do que é certo ou errado. Do que é aceitável ou inaceitável. Do que é legal ou ilegal. Do que é moral, imoral e engorda. E com as redes sociais presentes a todo instante em nossas vidas, o discurso das milícias digitais se legitimam marcados pela ultrapolarização, rompendo pontes de diálogo e se aprofundando em uma burrice sem limites.

“As milícias digitais fingem desconhecer o tamanho do dano causado ao gritar ”fogo” em um teatro lotado quando não há incêndio algum. Quem sofre as consequências não é um partido político, mas a sociedade”. Foto: Divulgação

Fazendo “jus” as palavras do jornalista Leonardo Sakamoto, “a Al- Jazerra sendo um veículo de comunicação para terroristas árabes, faz todo o sentido no mundo das pessoas que consideram a ONU uma organização comunista, a Declaração Universal dos Direitos Humanos o fruto de uma conspiração soviética, o governo Michel Temer como uma administração de esquerda e Marielle Franco como parceira de facções criminosas.

Não seria admirar, portanto, se o mesmo povo também defendesse que a Terra é plana.

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