Valdo Viana: artista maranhense com vocação cosmopolita

Valdo Viana se define como um artista maranhense de vocação cosmopolita. A maior prova disso é que o músico adora correr mundo. Em 2011, Valdo Viana fez concertos na Europa: Paris, Bruxelas, Berlim e Lisboa, encantando a plateia do Velho Mundo com sua versatilidade.

Valdo Maranhão: um artista inquieto. Foto: Divulgação

Em março de 2014, o artista lançou Brasilha, disco que mescla ritmos folclóricos maranhenses com World Music. O álbum teve forte aceitação em revistas musicais eletrônicas da França, Alemanha, Bélgica, Argentina, Colômbia e Uruguai.

Em Brasília, Valdo Viana apresentou o álbum em shows internacionais com Lautaro Feldman (Argentina) e Javier Barría (Chile), além de shows com vários artistas do Brasil.

Em dezembro de 2014, Valdo Viana fez sua primeira turnê na América do Sul. Foi aclamado pelo público e imprensa com shows na Argentina e Uruguai.

Em janeiro de 2015, Valdo Viana teve duas canções suas gravadas por dois artistas da Argentina: Lautaro Feldman registrou Emaranhado, e a cantora Paula Neder, de Medonza – Argentina, gravou O Beija-Flor e a Flor.

Em outubro de 2015, realizou sua primeira turnê na Ásia. Foram mais de 15 shows nas principais casas de Jazz da Malásia e Cingapura.

Nessa turnê, o artista dividiu o palco com artistas da Austrália, Cingapura, Malásia, Estados Unidos e Japão. Após a turnê, o artista australiano Mlekö gravou a canção É pra viver, terceira faixa do álbum Brasilha.

Em abril de 2016, Valdo Viana faz uma turnê na Colômbia, se apresentando com artistas de Bogotá e Medellín. Durante a turnê, Valdo Viana teve outra canção sua regravada por outra artista da América do Sul. A cantora e compositora bogotona: Laura Saavedra gravou a canção Mochileiro.

Em novembro de 2016 fez uma turnê pela Escandinávia, com apresentações em Copenhague, Oslo, Orebro e Estocolmo.

Em maio de 2017, levou seu encanto musical à Paris e a Portugal:traça paralelos entre as cidades de São Luís e Brasília: as diferentes arquiteturas, os povos, o mar e o lago. Lisboa, Braga, Guimarães e Almada, em Portugal. Em meio a uma trajetória artística de produção, feito andarilho, Valdo Viana trocou uma ideia com o jornalista deste Blog: “Sinto-me privilegiado por fazer o som que quero e no meu tempo, embora a minha interna inquietação artística sempre me cobra mais e mais. Por outro lado, estou empolgado para percorrer outras partes do mundo que ainda não fui. Espero realizar esse feito com turnês do meu segundo álbum”.

PEDRO SOBRINHO – Como você traduz o conceito de ser um artista maranhense de vocação cosmopolita?

VALDO VIANA – Traduzo com a forma genuína de apresentar a minha história de vida, as minhas raízes e o meu sotaque maranhense. Sempre que faço shows no exterior. Todas essas manifestações estão nas canções do Brasilha, álbum que foi apresentado na Ásia, Europa e América do Sul.

PEDRO SOBRINHO – Qual a receita utilizada na concepção de um disco que mescla ritmos folclóricos maranhenses com outras vertentes rítmicas fazendo com o que seu trabalho fosse definido como “world music” e tivesse aceitação em revistas de música na América Latina e Europa?

VALDO VIANA – Considero a minha música como o espelho da minha personalidade. Apresentei na minha música toda a pluralidade que carrego em mim: uma parte do Maranhão, outra parte de Brasília – cidade que vivo há mais de 20 anos, e outra parte ao Mundo: as diversas culturas e países por onde viajei e tive experiências incríveis.

Essa fusão de sonoridades despertou interesse na imprensa especializada estrangeira, a tal modo deles classificarem meu som como Música Planetária ou World Music.

PEDRO SOBRINHO – Você sente o seu desejo realizado com esta sua maneira de fazer música?

VALDO VIANA – Sim. graças ao bom Deus consegui realizar bem mais do que planejei alcançar, No momento em que lancei o álbum Brasilha. Sinto-me privilegiado por fazer o som que quero e no meu tempo, embora a minha interna inquietação artística sempre me cobra mais e mais. Por outro lado, estou empolgado para percorrer outras partes do mundo que ainda não fui. Espero realizar esse feito com turnês do meu segundo álbum.

PEDRO SOBRINHO – Nesta sua trajetória nômade, de correr mundo, o que chama atenção do público e dos artistas que têm acesso à sua música?

VALDO VIANA – Eles ficam impressionados com a moderna sonoridade folclórica do álbum. Dá um nó na cabeça deles quando pensam: como algo pode ser tão regional, urbano e ao mesmo tempo cosmopolita ? Agradeço imensamente ao Sidney Campos, um excepcional produtor do Riacho Fundo-DF, que fez a pesquisa desse álbum comigo durante dois anos. E também ao Tuca Lima, renomado baterista brasiliense que abrilhantou a sonoridade das 10 canções do CD.

PEDRO SOBRINHO – Em Brasilha, música a qual você lançou um clipe, traça paralelos entre as cidades de São Luís e Brasília as diferentes arquiteturas, os povos, o mar e o lago. Explique sobre estas duas fontes de inspiração na sua musicalidade?

VALDO VIANA – Deixo meu agradecimento especial aos cineastas Marcos Altino e Dandara Kran, ambos filmaram o clipe Brasilha com muita capacidade e amor.

Esse clipe é a minha trajetória pessoal, ambas as cidades fazem parte da minha estória de vida. Tenho fortes laços com as duas capitais, procurei apresentar o mais marcante por meio da metáfora de mais um entre tantos outros trabalhadores nordestinos que deixam suas cidades rumo à Brasília com o sonho de vencer.

PEDRO SOBRINHO – Quando o público em São Luís terá o gostinho de curtir um show seu?

VALDO VIANA – Se Deus permitir, quero fazer um show em São Luís, em outubro, na semana do meu aniversário. Quero comemorar essa data com um show bem bonito na cidade.

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