Documentário “GURIATÔ será lançado dia 23, no Maracanã

Dia 23 de junho, véspera de São João, será lançado o documentário “GURIATÔ, tendo como tema um dos mais tradicionais grupos de bumba meu boi, no sotaque de matraca, o Boi de Maracanã. O lançamento será na sede da brincadeira, na comunidade do Maracanã, zona rural de São Luís.

Amo Humberto de Maracanã. Foto: Divulgação

O longa-metragem aborda ainda o mestre Humberto de Maracanã, o Guriatã, amo, cantor e compositor do conjunto, falecido aos 75 anos, em janeiro de 2015. A direção é de Renata Amaral e a produção de André Magalhães, pesquisadores de cultura popular e integrantes do grupo A Barca.

O documentário foi iniciado em 2010, registrando ensaios e apresentações do grupo. As gravações acompanham toda a temporada junina e os outros momentos do ciclo da brincadeira – o nascimento, o batizado e a morte do Boi, os autos dramáticos, os encontros de Bois de São Pedro e São Marçal, os rituais religiosos e o trabalho dos artesãos na preparação da temporada. Registram ainda os encontros de Humberto de Maracanã com antigos brincantes e mestres de bumba meu boi e outras tradições populares, em entrevistas conduzidas por ele.

Essas e outras gravações de arquivo, feitas pela equipe desde 1999, e um grande registro feito em 2014 – os últimos momentos de Humberto de Maracanã à frente do grupo que conduziu por mais de 40 anos –, formam a base do documentário, que apresenta outros registros históricos, como o encontro de Humberto com Pai Euclides Talabyan, da Casa Fanti Ashanti, e Mestre Apolônio, do Boi da Floresta, dois outros ícones da cultura popular maranhense, falecidos recentemente.

Compositor de toadas que exaltam as belezas naturais e a força dos antepassados africanos e indígenas no Maranhão, Humberto de Maracanã teve suas composições gravadas por artistas como Alcione (“Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão”, no álbum Ouro e Cobre, de 1988) e Maria Bethânia (“A Coroa”, no disco A Cena Muda, de 1974, e no disco Pirata, de 2006). Guriatã teve também duas toadas gravadas por outros artistas maranhenses, como Claudio Pinheiro, Rosa Reis e Roberto Ricci.

Mestre em cultura popular reconhecido pelo Ministério da Cultura, ele também foi apontado como mestre da cultura brasileira no 23º Prêmio da Música Brasileira.

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