Com uma canetada o presidente da República, Michel Temer, implode o esporte e a cultura para financiar segurança. Cálculos elaborados pelo Ministério do Esporte mostram que o setor vai perder R$ 514 milhões em recursos no próximo ano. Já o Ministério da Cultura terá um corte de R$ 319 milhões no Fundo Nacional de Cultura. A medida do governo federal tem gerado pressões de todos os lados.
Para qualquer bom entendedor, políticas públicas de cultura e esporte são antídotos contra violência, servem para difundir a cultura de paz. O governo demostrando estar desorientado, sem habilidade para enfrentar os dilemas e a crise que o país atravessa, age na contramão da história. E mais uma vez é a população mais pobre quem paga a conta das ações governistas.
Temos plena consciência da crise na segurança pública que tem afetado a vida dos brasileiros”, mas a saída não é retirar recursos da cultura e tampouco do esporte, “sabidamente dois fortes aliados no combate à violência”.
É necessário que parlamentares engajados com as causas sociais, entidades ligadas ao esporte e à cultura do país, nós como sociedade, nos mobilizemos para barrar no Congresso Nacional, a Medida Provisória (MP) 841, editada pelo governo federal, que cria o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e transfere parte dos recursos das loterias esportivas para a segurança pública.
Enfim, política de segurança pública sem cultura é só violência. Para pensar em um plano de segurança é necessário pensar na articulação nas políticas públicas: a cultura e o esporte têm dimensão fundamental porque elas são elementos de humanização.