O ACORDES PRODUÇÕES apresenta o rolê “JULHO CRIOULA’, em 24 de julho, quarta-feira, a partir das 18h, no bar Latino, na Praia Grande. Neste dia, vamos celebrar o DIA NACIONAL DE TEREZA DE BENGUELA E O DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA, respectivamente, com a presença do DJ Pedro Sobrinho cortejando as djs: Nanny, Gabriella Leão, Camilla Ribeiro, Vanessa Serra e a cantora Célia Sampaio, com intervenção musical com banda.
Com poesia e música, as mulheres negras e mestiças latino-americanas, do Caribe, brasileiras, especialmente, as maranhenses serão festejadas por suas histórias de liderança, força e luta pela liberdade.
DJ Nanny
Despontando com sensação na noite ludovicense, a DJ Nanny fomenta a cultura das minorias sociais, através de músicas que derivam de ritmos negros, pautando em músicas feitas por: mulheres, LGBTQ+, gordxs, negrxs; com letras de protestos e que também trazem representatividade da religião de matriz africana.
Para ela, as músicas vão muito além de entreter e alegrar, é um instrumento de luta usado como elemento de fala pelas minorias sociais.
A Dj Nanny Ribeiro tem em seu repertório músicas com muita ginga e groove.
DJ Gabriella Leão
Gabriella Leão começou sua trajetória como produtora de eventos voltados ao protagonismo negro. Apaixonada por música preta e tudo que acerca, toca em festas de todos os estilos mostrando toda a versatilidade, difundindo e acessibilizando a música preta.
Atualmente reside em São Luís e usa como maior referencia os batuques e toda a musicalidade regional e brasileira. No dia 25 de julho promete agitar a pista com muito rap, r&b, afrobeat e brasilidades que são suas marcas registradas.
DJ Camilla Ribeiro
Advogada, autônoma, Camilla Ribeiro, que adotou o nome artístico de Kalillah Groove, para como identidade para o seu projeto envolvendo Tech House, Deep House e House, com influências de música negra, começou a discotecar em 2016, em festinhas universitárias e aniversários de amigos até ocupar espaço em grandes festas que acontecem em São Luís.
Como ativista das causas femininas, Kalillah ou Camilla Ribeiro diz que seu grande sonho é a presença de mais meninas discotecando em São Luís. Para ela, o universo na cidade é predominante masculino.
Para esta noite especial, Camilla Ribeiro mostra o que sabe fazer com as influências e gosta de ouvir e fazer a negadinha dançar.
DJ Vanessa Serra
Jornalista cultural e colecionadora de vinis, Vanessa Serra adotou o estilo analógico e não demorou a angariar prestígio em uma cena predominantemente masculina, sendo hoje uma das djs mais requisitadas, tendo se apresentado em palcos como os do projeto RicoChoro ComVida na Praça, o Festival BR-135, o Lençóis Jazz e Blues Festival, Semana Internacional de Música (SIM-SP) e a Virada Cultural em SP. Atualmente a dj é residente em ACsa, ”
DJ Pedro Sobrinho
Funcionando como um Mestre de Cerimônia ou “Bendito é o Fruto entre as meninas”, o “JULHO CRIOULA” tem dois objetivos: primeiro o de valorizar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e do Caribe, nunca festejado e refletido pras bandas de cá. Será também uma oportunidade de mostrar que existe uma cena de meninas discotecando em São Luís e que já é possível se manter o equilíbrio na pista.
– O meu papel neste dia será o de tocar um ‘setlist’ de meia hora com vozes de mulheres e ao mesmo tempo apresentar para o público a representatividade feminina maranhense na arte e que também deixam qualquer rolê mais alegre (além de mais bonito, não é? – brinca.
LINE UP:
18h00 às 18h40 – DJ PEDRO SOBRINHO
18h40 às 19h20 – DJ NANNY
19h20 às 20h – DJ GABRIELLA LEÃO
20h às 21h40 – DJ CAMILLA RIBEIRO
21h40 às 22h20 – DJ VANESSA SERRA
22h20 às 23h20- SHOW CÉLIA SAMPAIO
As origens do Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha/Tereza de Benguela
A população negra corresponde a mais da metade dos brasileiros: 54%, segundo o IBGE. Na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes, de acordo com a Associação Mujeres Afro. Tanto no Brasil quanto fora dele, porém, essa população também é a que mais sofre com a pobreza: por aqui, entre os mais pobres, três em cada quatro são pessoas negras, segundo o IBGE.
Quando se trata nas mulheres negras da região, a situação é ainda mais alarmante. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 15 ficam na América Latina e no Caribe.
Em um contexto de tanta violência, mulheres negras negras são mais vítimas de violência obstétrica, abuso sexual e homicídio – de acordo com o Mapa da Violência 2016, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013 (enquanto os casos com vítimas brancas caíram 10%).
Barradas dos meios de comunicação, dos cargos de chefia e do governo, elas frequentemente não se vêem representadas nem nos movimentos feministas de seus países. Isso porque a desigualdade entre mulheres brancas e negras é grande: no Brasil, mulheres brancas recebem 70% a mais do que negras, segundo a pesquisa Mulheres e Trabalho, do IPEA, publicada em 2016. Há 25 anos, um grupo decidiu que uma solução só poderia surgir da própria união entre mulheres negras.
Em 1992, elas organizaram o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, em que discutiram sobre machismo, racismo e formas de combatê-los. Daí surgiu uma rede de mulheres que permanece unida até hoje. Do encontro, nasceu também o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, lembrado todo 25 de julho, data que foi reconhecida pela ONU ainda em 1992.
No Brasil – que tem o maior índice de feminicídios na América Latina -, a presidenta Dilma Rousseff transformou a data em comemoração nacional. Aqui, desde 2014, comemora-se em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder quilombola que viveu no século 18 e que foi morta em uma emboscada.
Esposa de José Piolho, Tereza se tornou rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, quando o marido morreu, e acabou se mostrando uma líder nata: criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.
Assim como o Dia Internacional da Mulher (comemorado em 8 de março), o 25 de Julho não tem como objetivo festejar: a ideia é fortalecer as organizações voltadas às mulheres negras e reforçar seus laços, trazendo maior visibilidade para sua luta e pressionando o poder público.
Por isso, no Brasil, no Caribe e na América Latina em geral, diversos eventos de protesto e luta estão sendo planejados para marcar a data. Em São Paulo, em Brasília e no Rio de Janeiro, por exemplo, acontecem Marchas das Mulheres Negras na terça (25) – eventos que já chegaram a agregar trinta mil pessoas.
SERVIÇO:
O QUÊ: JULHO CRIOULA
QUEM: Show de Célia Sampaio & Banda). Discotecagem: Nanny, Gabriella Leão, Camilla Ribeiro, Vanessa Serra feat. Pedro Sobrinho
QUANDO: DIA 24/7/2019 (QUARTA-FEIRA)
HORÁRIO: A PARTIR 18h
LOCAL: BAR LATINO CACHAÇARIA, na rua do Giz, nº 111, (Praia Grande)
PRODUÇÃO: ACORDES PRODUÇÕES