Especula-se nos bastidores da imprensa nacional, que o nome da presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Kátia Bogéa, figura em uma lista de demissões promovidas pelo secretário de Cultura, Roberto Alvim, recém nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Kátia Bogéa ocupa o cargo desde 2016, sendo nomeada no governo do ex-presidente Michel Temer. A atual presidente do Iphan disse que não havia sido informada sobre uma eventual saída do cargo até o momento. “Sou uma técnica”, afirma.
Em carta encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) defendeu a permanência de Kátia Bogéa no cargo e enalteceu o trabalho dela à frente do Iphan. A carta foi enviada em nome da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico e Nacional, presidida por Rocha.
O deputado disse que articulou o documento a favor de Bogéa para mostrar ao presidente que ela faz uma boa gestão, mesmo com recursos escassos. “Em time que está ganhando não se mexe”, disse Rocha.
Perfil
Nascida em Lagarto (SE), é graduada em História pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e especialista em historiografia Brasileira e Regional pela Universidade de São Paulo (1988).
Desde novembro de 1979 radicou-se no Maranhão, atuando exclusivamente em atividades na área do patrimônio cultural, ao entrar como estagiária em 1980 na recém-criada Superintendência Regional do Iphan, onde dedicando toda a sua vida profissional à pesquisa do patrimônio maranhense e ao trabalho de preservação e proteção do Centro Histórico de São Luís e Alcântara.
Ocupou o cargo de Superintendente do Iphan no Maranhão no período de 2003 a 2015. Durante sua gestão, juntamente com a equipe técnica da instituição, articulou o PAC Cidades Históricas junto à Prefeitura de São Luís. Na área do patrimônio imaterial realizou o registro do Tambor de Crioula e do Complexo Cultural do Bumba Meu Boi.