Especial Queens: valoriza mulheres do Dancehall na América Latina

De sábado (19) a segunda-feira (21), a plataforma artística e cultural, Academia Dancehall, promove um evento online de dança urbana jamaicana com foco na valorização e fortalecimento da cena feminina do dancehall no Brasil.

O evento internacional intitulado “Especial Queens” traz ao público brasileiro um line-up composto 100% por mulheres com aulas de Dancehall Queen e Female Steps, ou seja, do estilo de passos femininos do dancehall jamaicano. Serão um total de 10 aulas, ministradas por artistas do Brasil, Argentina, Peru, Venezuela e Chile. Além da parte prática, o evento encerra na segunda-feira com um bate-papo para disseminação e debate de informações teóricas sobre esta cultura e vertente feminina.

O estilo vem ganhando destaque na mídia por meio de sua produção musical, estética e coreografias, através de trabalhos de grandes artistas como Gloria Groove em Yoyo, IZA em Ginga, Pabllo Vitar em Salvaje e Ludmilla em Solta a Batida. Já na cena underground do Dancehall, artistas como Mis Ivy e Lei Di Dai, são referências essenciais para o fomento da cultura e valorização do estilo.

A categoria e o título Dancehall Queens (Rainhas do Dancehall) teve início nos anos 90, no formato de competições de moda em que coroou Carlene Smith que se destacou pela sua originalidade e por promover a autoestima feminina utilizando a dança como expressão. Foi reconhecida e respeitada, ganhando o título de 1ª Dancehall Queen e representando as mulheres perante a sociedade machista. Depois começaram os “Dancehall Queen Contest” que já eram uma mistura de dança, acrobacias e figurinos.
O ritmo e a dança, talvez mais facilmente propagados pela internet, caíram no gosto de muitos outros países e, atualmente, são realizados concursos semelhantes nos Estados Unidos, na Europa, Austrália e no Japão. Enquanto que o último concurso oficial na Jamaica, ocorreu em 2015.

A produção do evento pela Academia Dancehall, também resgata questões sensíveis na promoção das culturas pretas da Diáspora Africana, como a apropriação cultural que ocorre quando pessoas não-brancas e não-descendentes protagonizam o movimento.

– Acredito que com a interferência da apropriação cultural e embranquecimento na cultura do Dancehall no Brasil, nós não pudemos ou não conseguimos desenvolver e solidificar certos aspectos dessa cultura, dentre eles, o estilo Dancehall Queen. Então quase não existem eventos do gênero, já produzimos uma competição e aulas com esse foco, mas decidimos com este evento expandir ainda mais e incentivar essa ampliação do estilo. Meu desejo é que numa próxima edição o protagonismo seja 100% feminino, desde a produção e que o evento ganhe força para que elas sigam independentes – reflete NG Coquinho, produtor, dançarino e coreógrafo representante da Academia Dancehall.

O investimento para participar do evento é a partir de R$ 30 e as inscrições podem ser feitas pelo site http://www.academiadancehall.com até o dia do evento.

SERVIÇO

Evento de dança online “Especial Queens” – Dancehall Queen e Female Steps

Datas: 19, 20, 21 de Setembro (Sábado, Domingo e Segunda-feira)

Horários: 13h às 20h, no sábado e domingo e às 19h, na segunda-feira

Programação:

19/9 – Sábado

13h-14h30 Fabi Silva (Minas Gerais)

14h30-16h Luna Afro (Venezuela)

16h-17h30 Isah Jamaicaxias (Rio de Janeiro)

17h30-19:00 Caro Alves (Argentina)

19h-20h30 Babiy Querino (São Paulo)

20/09 – Domingo

13h-14h30 Sista Lu (Argentina)

14h30-16h Gleyde Lopez (Goiânia)

16h-17h30 Malu Rome (Peru)

17h30-19h Jhey Oliver (São Paulo)

19h-20h30 Tuty PrettyVybz (Chile)

21/9 – Segunda-feira

19h-21h Bate-papo

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