Coreógrafo maranhense em Mostra de Dança em SP

Clarin Cia de Dança, criada pelo coreógrafo Kelson Barros, maranhense, radicado em São Paulo, é atração na programação da 5ª Mostra de Dança Itaú Cultural, que o Itaú Cultural realiza com programação online e presencial, abordando o tema: Por que Dançamos?

O espetáculo Ou 9 ou 80, no qual a Clarin usa o universo do passinho e do funk para contar a história de dançarinos da periferia do Rio de Janeiro e de São Paulo, integra a programação presencial de 13 a 17 de abril, na sede do instituto, em SP. A mostra conta, também, com uma programação online, que pode ser assistida de 10 de abril (domingo) a 1º de maio. Ao todo, participam artistas de oito estados (Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo), além de do Brasil, da França e do Paraguai, representando a dança do contemporâneo ao funk e ao passinho.

A Clarin Cia participa da programação de encerramento da Mostra, no domingo (17/4), às 19h, com a apresentação de Ou 9 ou 80.

O espetáculo usa o universo do passinho e do funk para contar a história de dançarinos como intérpretes-criadores Iguinho Imperador, Juju ZL, Mario MLK Bros, Pablinho Idd, Yoshi Mhoroox, Yure Idd e RD Ritmado.

O enredo é baseado em dois fatos – o primeiro ocorrido no ano passado e o outro em 2019: 80 tiros desferidos sobre o carro de uma família na Zona Oeste do Rio de Janeiro e nove mortos em um baile em Paraisópolis. A proposta é levar o funk, o passinho e seus dançarinos para além dos bailes, fazendo-os chegar aos palcos.

Festival

A dança permeia boa parte da programação on-line e presencial que o Itaú Cultural realiza durante abril, com a 5ª Mostra de Dança Itaú Cultural, conduzida pela pergunta Por que Dançamos? Do dia 10 deste mês a 1º de maio, convidados de oito Estados e três diferentes países levam o público a questionar, por meio de coreografias e trocas de ideias, sobre os motivos que levam os corpos a movimentar-se, relacionando-se consigo, com o outro e com o espaço, em uma experiência coletiva de sensações e sentidos (em anexo, os arquivos com programação, mini bios e fotos).

A partir das 9h do domingo, dia 10, entra no site do instituto a programação on-line que pode ser conferida até o dia 1º de maio. Por sua vez, as trocas presenciais com a plateia ficam por conta da programação realizada de 13 a 17 de abril (quarta-feira a domingo), no palco da instituição. As atividades são gratuitas, e os ingressos devem ser reservados pela INTI (acesso pelo site www.itaucultural.org.br).

Presencial

Na abertura, nos dias 13 e 14 (quarta-feira e quinta-feira), às 20h, estreia GRAÇA – Uma Economia da Encarnação, da Cia Gira Dança, do Rio Grande do Norte, que chega pela primeira vez no palco, depois de ter estreado como dança-filme no início do ano. O espetáculo, criado em parceria com a coreógrafa Elisabete Finger e que é resultado do projeto Zona Dissoluta, contemplado pelo programa Rumos 2019-2020, traz corpos com camadas de histórias acumuladas, impressas, misturadas, desbotadas e dissolvidas. GRAÇA representa se reescrever e reencarnar nesse mundo.

Nos dias 14 e 15 (quinta-feira e sexta-feira), às 19h, os artistas da dança Davi Pontes e Wallace Ferreira, do Rio de Janeiro, apresentam Repertório N.2, no espaço da Arena, no IC. Segunda parte de uma experiência coreográfica voltada à dança como prática de autodefesa – e que inspirou, ainda, o projeto Escola Repertório de Autodefesa, também selecionado pela edição 2019-2020 do Rumos –, a performance utiliza técnicas informais e desviantes para dar luz a um pensamento crítico sobre o mundo no qual se vive.

A questão racial entra em cena com Vala: Corpos Negros e Sobrevidas, novo espetáculo que a Cia Sansacroma, de São Paulo, apresenta no palco físico no sábado, dia 16, às 20h. Inspirada no Cemitério dos Pretos Novos, localizado no bairro da Gamboa, no Rio de Janeiro, a apresentação denuncia o genocídio de pessoas pretas ao longo do tempo. Denuncia também a estrutura social criada para justificar e moldar novos valores de urbanidade, civilidade, segurança pública e política de morte.

Além da mostra, a dança se faz presente, ainda, na atividade Arte na Rua, todos os domingos, às 13h e às 15h, na calçada em frente ao Itaú Cultural. A convidada de abril é a coreógrafa e bailarina Hullipop, que apresenta Impermanência. A performance retrata, por meio da dança contemporânea, a morte como um recomeço.

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