A Fundação Bienal dá início deu início nesta terça-feira (12/4), ao Programa de Itinerâncias da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, exposição que recebeu 700 mil visitantes no Pavilhão da Bienal e instituições parceiras, entre 2020 e 2021, além de ter atingido 2,7 milhões de pessoas online.
Este ano, a primeira cidade a receber a itinerância é São Luís (MA), com abertura da exposição no Centro Cultural Vale Maranhão e na Casa do Maranhão. A circulação conta com articulação do
Instituto Cultural Vale, patrocinador da Bienal através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
As itinerâncias foram concebidas por Jacopo Crivelli Visconti, curador-geral da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto.
Para 2022, as mostras foram pensadas a partir de enunciados, que são eixos temáticos ou objetos que reúnem obras e artistas, estimulando o público a refletir sobre os assuntos apresentados. Este ano, temas como colonização, racismo e questões indígenas fazem parte das discussões abordadas.
Mostra itinerante no Centro Cultural Vale Maranhão e Casa do Maranhão
Pela primeira vez um recorte da Bienal é apresentado na cidade de São Luís (MA), iniciativa que se tornou possível por meio da parceria inédita com o Instituto Cultural Vale, o Centro Cultural
Vale Maranhão e a Casa do Maranhão. O recorte da mostra que será exibido na cidade é organizado a partir do enunciado Retratos de Frederick Douglass. Douglass foi um homem público, jornalista, escritor, orador estadunidense, e um dos principais expoentes da luta pela abolição da escravidão. Até hoje seus retratos circulam pelo mundo como símbolo de justiça e liberdade. Assim, sob o olhar penetrante e desafiador de Douglass, este enunciado traz artistas e obras voltados aos processos de colonização, deslocamento, violência e resistência que marcaram e continuam marcando a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta.
Os artistas cujas obras participam desta itinerância são: Alice Shintani, Arjan Martins, Daniel de Paula, Frederick Douglass, Frida Orupabo, Neo Muyanga, Noa Eshkol, Paulo Kapela e Tony Cokes
(na Casa do Maranhão) e Beatriz Santiago-Munhoz, Daiara Tukano, Deana Lawson, Frederick Douglass, Gustavo Caboco, Jaider Esbell, Paulo Nazareth, Uýra e Victor Anicet (no Centro Cultural Vale Maranhão).
Ações de Difusão
O programa de mostras itinerantes irá promover ações para professores, educadores e
mediadores de público das instituições parceiras do programa. As ações se concentram nos
enunciados e artistas de cada uma das mostras, apresentando também conteúdos e práticas que
integram a publicação educativa da 34ª Bienal, Primeiros Ensaios. Os conceitos de relação,
tradução, crioulização, transparência e opacidade, elaborados pelo filósofo martinicano Édouard
Glissant, serão discutidos em diálogo com o trabalho de mediação das obras. Em São Luís (MA),
serão realizadas uma palestra e uma visita mediada nesta quarta-feira, 13 de abril, às 10h, aberta ao
público de forma gratuita.